sábado, 16 de janeiro de 2016

Reflexão do Evangelho de Mc 2, 13-17

Precisamos ir ao encontro daqueles que estão longe de Deus.

Vá ao encontro daqueles que estão distante e longe, não tenha medo de sentar-se com pessoas que não são bem vistas e queridas.


“Por que ele come com cobradores de impostos e pecadores?” (Marcos 2,16).

Amados irmãos e irmãs, a Palavra de Deus nos mostra hoje o que é, de fato, um coração misericordioso. Nós, muitas vezes, achamos que misericórdia é apenas Deus perdoar nossos pecados e nós também perdoarmos quem nos ofendeu, quem nos machucou. É verdade, pois essa é, sim, uma faceta da misericórdia. No entanto, ela é muito mais ampla e abrangente. A misericórdia é o coração que se dobra e vai ao encontro das misérias humanas. E estas são tantas! São corações feridos, almas que estão perdidas e extraviadas. Não podemos olhar para o mundo, para as pessoas e condená-las, julgá-las nem tê-las como perdidas e assim por diante. E mesmo que pareçam ou estejam perdidas, nós precisamos ir ao encontro delas!

Os fariseus, os doutores da Lei, conhecedores da Palavra, estavam escandalizados, porque Jesus comeu com os cobradores de impostos e pecadores. Jesus fez questão de estar com eles e no meio deles.

Nós precisamos retirar a hipocrisia do nosso meio, sair do estado de paralisia e hipocrisia em que nos encontramos. Falar e pregar a misericórdia é simples e bonito, mas vivê-la e praticá-la no dia a dia de nossa vida é o desafio maior da nossa fé, porque nós gostamos de estar com as pessoas boas e queridas, com aqueles que já estão convertidos, que são santos e salvos como nós. Mas, na verdade, a missão primeira que Deus nos confiou é reconhecer nossa própria miséria, porque todos somos muito miseráveis, temos nossas hipocrisias escondidas, nossas fraquezas e pecados, não somos melhores que ninguém.

Que bom que a misericórdia de Deus nos alcançou, pois assim podemos alcançar tantos outros! Não tenhamos medo nem receio, desafiemos nossa própria fé e vamos ao encontro daqueles que estão distantes. Não tenhamos medo de nos sentar com pessoas que não são bem vistas e queridas. Somos chamados a sair de nossas igrejas e comunidades, dos encontros que fazemos para estarmos com todos. Temos de admitir, em primeiro lugar, que nós não somos melhores que ninguém. Segundo, a misericórdia de Deus nos alcançou e precisamos alcançar os outros. Terceiro, Jesus está onde a miséria, a pobreza e, sobretudo, o pecado está.

Você pode dizer: “Deus não se mistura ao pecado!”. Ele se mistura aos pecadores para livrá-los dos pecados. Nós precisamos nos fazer um com essas pessoas, amá-las, querer o bem delas, não nos fazermos melhor do que ninguém.

É nosso desafio fazer o que Jesus fez: sentar-se à mesa com cobradores de impostos, com os pecadores dos quais somos os primeiros e fazermos o banquete de Deus acontecer!

Deus abençoe você!

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