domingo, 31 de janeiro de 2016

Reflexão do Evangelho de hoje

Acolhamos o ensinamento do próximo

Não despreze seu pai, sua mãe nem aqueles que estão próximo de você, porque eles têm sempre algo a nos ensinar

“Em verdade eu vos digo que nenhum profeta é bem recebido em sua pátria” (Lucas 4, 24).


Jesus estava exercendo Seu ministério público, atuando no meio do povo, anunciando o Reino de Deus, curando, libertando e fazendo a graça do Pai acontecer. Nem sempre Ele era bem recebido e aceito, sobretudo entre seus conhecidos e parentes. Conheciam Jesus desde pequeno, conheciam Sua humanidade; e quando conhecemos uma pessoa desde muito cedo, nós o tratamos como um de nós; algumas vezes, até como menos do que nós.

Escutamos o conselho de todo mundo, menos da mãe e do pai. Damos atenção para todos, menos para o irmão da própria casa. Gostamos demais do padre da outra comunidade, e só enxergamos os limites do nosso padre e do nosso pastor. Muitas vezes, valorizamos o que é de fora e não sabemos valorizar a riqueza de dentro; assim, desprezamos uns aos outros, porque não sabemos colher e acolher o bom de quem está ao nosso lado.

Meu filho, escute seu pai e sua mãe. Por mais defeitos, limites e fragilidades que possam ter, eles são os profetas da sua casa. “Ah, meu pai é desse jeito!”. Relativize, dê desconto, peneire o que não edifica e fique com o que é bom. Não despreze seu pai e sua mãe, aqueles que estão próximos de você, porque o outro eles têm sempre algo a ensinar, estão ao nosso lado!

Precisamos apanhar na vida para aprendermos a ter juízo. Escutamos, nossa vida inteira, nossa mãe nos ensinar, mas, como era a mãe falando, ficávamos bravos, pulávamos, esperneávamos; mas, depois que apanhávamos da vida, damos valor à palavra de nossos pais. A nossa memória nos diz: “Bem que a minha mãe falou!”.

Que aprendamos, hoje, o que muitos judeus não aprenderam: não souberam acolher os profetas da própria terra, da própria casa. Que saibamos acolher os que estão próximos de nós e fiquemos com a sabedoria que vem do coração de cada um!

Deus abençoe você!

sábado, 30 de janeiro de 2016

Ano da Vida Consagrada na arquidiocese será concluído com Missa e confraternização

PASCOM AOR

Religiosos têm encontro marcado neste sábado, 30 de janeiro. O motivo é a conclusão do Ano da Vida Consagrada na Arquidiocese de Olinda e Recife. A programação começa com caminhada às 17h. A concentração será na Igreja Santíssimo Sacramento, na Boa Vista, área central da capital pernambucana. O percurso será finalizado na Basílica Nossa Senhora do Carmo, situado no bairro de Santo Antônio, onde o bispo auxiliar e vigário episcopal para a Vida Religiosa e Consagrada, dom Antonio Tourinho, presidirá Celebração Eucarística. A Ação de Graças contará ainda com momento de convivência e confraternização após a Missa.

Consequências dos meus pecados...

Tenhamos a humildade de reconhecer nossos pecados

Muitas vezes, comemos os frutos amargos da vida, porque eles são consequências dos nossos erros e pecados não reparados

“De sua parte, o Senhor perdoou o teu pecado, de modo que não morrerás! Entretanto, por teres ultrajado o Senhor com teu procedimento o filho que te nasceu morrerá” (Sm 12, 13-14).


Estamos acompanhando, nestes dias, na Palavra de Deus, a bela história de Davi, que é para nós modelo de humanidade que se abre para a graça divina. Davi foi bem visto, querido por Deus desde sua mocidade pela simplicidade e humanidade, pois o Senhor não olha as aparências, mas o coração.

Davi foi crescendo aos olhos de Deus e dos homens, foi ficando cada vez mais querido em Israel. Vimos como ele se tornou rei de Israel e, até hoje, para a história do povo eleito, não houve um rei mais importante e querido do que ele. Davi, no entanto, pecou, falhou, foi humano.

Não vamos, hoje, apenas tratar dessa humanidade de Davi, mas a maneira como se enveredou pelo pecado. Primeiro, o pecado da cobiça, pois ele desejou a mulher do próximo. Não foi só o fato de tê-la cobiçado enquanto tomava banho, mas por deixar o sentimento crescer em seu coração. Ele a desejou, foi atrás dela e juntou-se à mulher que não era dele.

Uma vez que pecou, juntou-se um pecado com mais outro, e Davi deu um jeito de eliminar o esposo daquela mulher. Ele mesmo planejou a morte, deu um jeito de colocá-lo à frente da batalha, porque logo iria morrer, e assim o fez.

Davi achava que ninguém havia visto seu mau procedimento, por isso fingiu que nada havia acontecido. Quando Natã foi até sua casa e contou-lhe uma parábola, Davi agiu com veemência diante do mau procedimento, a partir da parábola contada por Natã.

Natã disse: “Esse homem és tu!”. A partir disso, Davi caiu por terra e tomou consciência de que havia pecado gravemente contra o Senhor.

Sabe, meus irmãos, muitas vezes cometemos erros, traquinagens e maldades; agimos mal em relação ao outro e chegamos a dizer: “Ninguém está vendo o que estou cometendo!”. Como se Deus não fosse ninguém, como se diante d’Ele pudéssemos fazer tudo e depois dizer: “Perdoe-me, Senhor!”.

Deus não nos nega o perdão, mas não podemos ser sem vergonha na vida, porque o nosso mau procedimento está à nossa frente. Não precisamos acusar ninguém, mas tomar consciência do que fazemos, sobretudo, se prejudicamos o nosso próximo.

O pecado de Davi foi grande, porque prejudicou gravemente alguém, e ele simplesmente fingiu que nada havia acontecido. Nós, muitas vezes, falamos mal, procedemos mal, julgamos, condenados, espalhamos coisas negativas em relação ao próximo e ferimos o direito do próximo sem tomarmos consciência da gravidade dos nossos erros.

Que não diminuamos o grau da nossa consciência e retidão, e que sejamos honestos com nós mesmos, com Deus e com o próximo. O Senhor não condena ninguém. Muitas vezes, comemos os frutos amargos da vida, porque eles são consequência dos nossos erros e pecados não reparados.

Davi humilhou-se profundamente na presença de Deus e arrependeu-se de seus pecados. Que a humildade de Davi caia sobre nossos corações, para que tenhamos a humildade de reconhecer os nossos próprios pecados.

Deus abençoe você!

sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Cultivemos a semente do Reino em nosso coração

A semente do Reino chega com força em nosso coração, mas precisa ser regada, cultivada, cuidada e tratada

“O Reino de Deus é como quando alguém espalha a semente na terra. Ele vai dormir e acorda, noite e dia, e a semente vai germinando e crescendo, mas ele não sabe como isso acontece” (Marcos 6, 26-27).


A sabedoria divina ensina-nos a olhar os fatos, os acontecimentos dos tempos e da vida, aprender a lidar com a nossa natureza humana. É por isso que Jesus usa de muitas parábolas para explicar, por meio da vida e da natureza, como o Reino de Deus se manifesta entre nós e como devemos proceder em nossa vida.

O Reino de Deus não acontece de forma ostensiva, ninguém se converte da noite para o dia, ninguém muda de vida de uma hora para outra. Há um momento em que a semente do Reino chega com força em nosso coração, mas ela precisa ser regada, cultivada, cuidada e tratada. E vai crescer ao seu tempo, vai florescer e dar seus frutos.

É preciso saber que tudo tem o tempo de espera e paciência. Imagine a criança que sai do ventre de sua mãe, tão pequena e frágil, e um dia se tornará um grande homem ou uma grande mulher. Que dedicação é preciso ter para cuidar a cada dia, alimentar a cada momento, esperar o tempo! Ele (o bebê) não anda, mas vai andar; não fala, mas vai aprender. Tudo tem seu tempo, tudo é cuidado para que no tempo os frutos aconteçam.

Sabe, muitas vezes, em nossas comunidades e igrejas, queremos que o recém convertido, que conheceu Jesus ontem, fale a todos, seja um modelo. Calma! Ele está conhecendo Jesus. O tempo e a paciência vão ajudar que ele floresça.

Todos nós passaremos por mudanças, sejam elas pequenas ou grandes; se soubermos passar por elas, vamos amadurecer e ser árvores frutíferas no Reino de Deus!

Olhai para árvores que estão ao nosso lado, elas passam pelo inverno, pela secura do verão e do outono, pela beleza da primavera. As árvores enfrentam tempestades, excessos e vigores da natureza, para se tornarem árvores grandes e frondosas.

Assim é a vida, o Reino de Deus cultivado com paciência e espera; ao seu tempo, ele dará frutos. Que saibamos viver cada tempo, esperar e, no Reino de Deus, evitar a ansiedade de querer tudo pronto, que tudo aconteça. Nosso papel é deixar a semente ser semeada, para que, no seu tempo, ela dê seus frutos.

Deus abençoe você!


quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Inscrições abertas para Atores da Primeira Paixão de Cristo da Paróquia São Miguel - Abreu e Lima


Usemos a misericórdia para medir o próximo

Usemos a misericórdia para medir o próximo

A misericórdia do Senhor está sempre à frente, porque Ele conhece nossas misérias, mazelas e fraquezas.

“Prestai atenção no que ouvis: com a mesma medida com que medirdes, também vós sereis medidos” (Marcos 4, 24).

Amados irmãos e irmãs, a Palavra de Deus, que penetra nossos corações, chama bastante atenção para as medidas que usamos na vida. Sabemos que todos nós costumamos medir uns aos outros; gostamos de comparar, tachar, julgar e analisar.

Todos somos críticos e temos ponderações a fazer de tudo e todos. Aliás, existem pessoas que passam o dia todo medindo a vida dos outros. Não vou dizer que vivem fofocando ou falando mal, mas vivem na medição. Medem, comentam, analisam e criticam o comportamento do outro e o que ele fala.

É fácil falar da vida dos outros, o difícil é colocar-se no lugar dele e assumir sua vida. É muito simples olharmos com nosso olhar crítico, cheios de comentários, e não sermos capazes de nos colocar no lugar do outro.

Precisamos de uma justa medida sempre que formos falar da vida de alguém; e quem nos deu a justa medida foi o próprio Deus, pois Ele nos mede com Sua justiça e misericórdia.

A misericórdia do Senhor está sempre à frente, porque Ele conhece nossas misérias, mazelas e fraquezas. Por isso, Deus nos mede com uma misericórdia profunda e imensa! É pena que, mesmo sendo medidos com a misericórdia do Senhor, não sabemos medir uns aos outros da mesma forma. Somos muito duros e exigentes, o outro não pode errar conosco; mas nós podemos falhar, errar, ter nossas fraquezas e sempre dar desculpas para o que fazemos.

Permita-me dizer: precisamos aprender a ser justos de verdade, porque, muitas vezes, ao querer ser justos, somos muito justiceiros, queremos a justiça a todo preço, mas não somos capazes de fazer justiça com nós mesmos. Vamos olhar profundamente, verdadeiramente, perceber os erros que os outros cometem. Vamos também perceber que nós cometemos erros piores e maiores, mas não nos enxergamos, não percebemos nossas falhas; por esse motivo, cometemos falhas grosseiras.

Use a boa medida, use a misericórdia divina com o outro, pois é com ela que Deus nos medirá um dia!

Deus abençoe você!

terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Hino da Cf 2016


Hoje possamos reacender o dom, a graça e a chama da fé que recebemos um dia em nossa vida!

Reacendamos o dom que recebemos de Deus

Que possamos reacender o dom, a graça e a chama da fé que recebemos em nossa vida

“Por este motivo, exorto-te a reavivar a chama do dom de Deus, que recebeste pela imposição das minhas mãos”(2Tm 1, 6).

Celebramos os apóstolos São Timóteo e São Tito, dois discípulos de São Paulo, grandes colaboradores da missão que este apóstolo teve na edificação da Palavra de Deus nas primeiras comunidades cristãs.

O que ouvimos, hoje, na Segunda Carta que São Paulo dirigiu a Timóteo, é a exortação para que este pudesse reacender e reavivar a chama do dom de Deus que recebeu, para que não permitisse que essa chama se apagasse.

São Paulo recorda a Timóteo a fé sincera que sempre teve, sobretudo a fé que recebeu de sua avó Lóide e sua mãe Eunice. É como se fizesse uma releitura, uma retomada da história de salvação deste homem escolhido por Deus, que é Timóteo.

Sabe, meus irmãos, a fé é reativada, iluminada quando fazemos memória; e isso não significa simplesmente recordar, relembrar. É atualizar, fazer presente, é não deixar que algo que recebemos no passado fique simplesmente no passado.

Não se esqueça de que a chama de Deus, que foi acesa em nosso coração no dia do nosso batismo, não foi somente para aquele momento, mas para que iluminasse toda a nossa vida até a eternidade. Não podemos deixar que essa chama se apague, que fique ofuscada e esquecida. Precisamos reavivá-la, reacendê-la, pegarmos o entusiasmo do primeiro amor e deixar que Ele mova os nossos corações!

Quantos de nós começamos no seguimento de Jesus Cristo com entusiasmo, com gama, com uma vontade única de mudar de vida e nos encontramos tantas vezes desanimados, cansados, sem perspectiva, sem luz. Não renegamos a fé, mas também não assumimos para valer; não deixamos o caminho, mas não caminhamos com firmeza na direção.

É claro que amadurecemos e não precisamos viver as imaturidades daquela época, mas não podemos deixar que tanta maturidade nos torne pessoas racionais, frívolas e frias na vivência da fé.

Que hoje possamos reacender o dom, a graça e a chama da fé que recebemos um dia em nossa vida!

Deus abençoe você!

MENSAGEM DO SANTO PADRE FRANCISCO 

PARA A QUARESMA DE 2016

«“Prefiro a misericórdia ao sacrifício” (Mt 9, 13).
As obras de misericórdia no caminho jubilar»



1. Maria, ícone duma Igreja que evangeliza porque evangelizada


Na Bula de proclamação do Jubileu, fiz o convite para que «a Quaresma deste Ano Jubilar seja vivida mais intensamente como tempo forte para celebrar e experimentar a misericórdia de Deus» (Misericordiӕ Vultus, 17). Com o apelo à escuta da Palavra de Deus e à iniciativa «24 horas para o Senhor», quis sublinhar a primazia da escuta orante da Palavra, especialmente a palavra profética. Com efeito, a misericórdia de Deus é um anúncio ao mundo; mas cada cristão é chamado a fazer pessoalmente experiência de tal anúncio. Por isso, no tempo da Quaresma, enviarei os Missionários da Misericórdia a fim de serem, para todos, um sinal concreto da proximidade e do perdão de Deus.

Maria, por ter acolhido a Boa Notícia que Lhe fora dada pelo arcanjo Gabriel, canta profeticamente, no Magnificat, a misericórdia com que Deus A predestinou. Deste modo a Virgem de Nazaré, prometida esposa de José, torna-se o ícone perfeito da Igreja que evangeliza porque foi e continua a ser evangelizada por obra do Espírito Santo, que fecundou o seu ventre virginal. Com efeito, na tradição profética, a misericórdia aparece estreitamente ligada – mesmo etimologicamente – com as vísceras maternas (rahamim) e com uma bondade generosa, fiel e compassiva (hesed) que se vive no âmbito das relações conjugais e parentais.

2. A aliança de Deus com os homens: uma história de misericórdia

O mistério da misericórdia divina desvenda-se no decurso da história da aliança entre Deus e o seu povo Israel. Na realidade, Deus mostra-Se sempre rico de misericórdia, pronto em qualquer circunstância a derramar sobre o seu povo uma ternura e uma compaixão viscerais, sobretudo nos momentos mais dramáticos quando a infidelidade quebra o vínculo do Pacto e se requer que a aliança seja ratificada de maneira mais estável na justiça e na verdade. Encontramo-nos aqui perante um verdadeiro e próprio drama de amor, no qual Deus desempenha o papel de pai e marido traído, enquanto Israel desempenha o de filho/filha e esposa infiéis. São precisamente as imagens familiares – como no caso de Oseias (cf. Os 1-2) – que melhor exprimem até que ponto Deus quer ligar-Se ao seu povo.

Este drama de amor alcança o seu ápice no Filho feito homem. N’Ele, Deus derrama a sua misericórdia sem limites até ao ponto de fazer d’Ele a Misericórdia encarnada (cf. Misericordiӕ Vultus, 8). Na realidade, Jesus de Nazaré enquanto homem é, para todos os efeitos, filho de Israel. E é-o ao ponto de encarnar aquela escuta perfeita de Deus que se exige a cada judeu pelo Shemà, fulcro ainda hoje da aliança de Deus com Israel: «Escuta, Israel! O Senhor é nosso Deus; o Senhor é único! Amarás o Senhor, teu Deus, com todo o teu coração, com toda a tua alma e com todas as tuas forças» (Dt 6, 4-5). O Filho de Deus é o Esposo que tudo faz para ganhar o amor da sua Esposa, à qual O liga o seu amor incondicional que se torna visível nas núpcias eternas com ela.

Este é o coração pulsante do querigma apostólico, no qual ocupa um lugar central e fundamental a misericórdia divina. Nele sobressai «a beleza do amor salvífico de Deus manifestado em Jesus Cristo morto e ressuscitado» (Evangelii gaudium, 36), aquele primeiro anúncio que «sempre se tem de voltar a ouvir de diferentes maneiras e aquele que sempre se tem de voltar a anunciar, duma forma ou doutra, durante a catequese» (Ibid., 164). Então a Misericórdia «exprime o comportamento de Deus para com o pecador, oferecendo-lhe uma nova possibilidade de se arrepender, converter e acreditar» (Misericordiӕ Vultus, 21), restabelecendo precisamente assim a relação com Ele. E, em Jesus crucificado, Deus chega ao ponto de querer alcançar o pecador no seu afastamento mais extremo, precisamente lá onde ele se perdeu e afastou d'Ele. E faz isto na esperança de assim poder finalmente comover o coração endurecido da sua Esposa.

3. As obras de misericórdia

A misericórdia de Deus transforma o coração do homem e faz-lhe experimentar um amor fiel, tornando-o assim, por sua vez, capaz de misericórdia. É um milagre sempre novo que a misericórdia divina possa irradiar-se na vida de cada um de nós, estimulando-nos ao amor do próximo e animando aquilo que a tradição da Igreja chama as obras de misericórdia corporal e espiritual. Estas recordam-nos que a nossa fé se traduz em actos concretos e quotidianos, destinados a ajudar o nosso próximo no corpo e no espírito e sobre os quais havemos de ser julgados: alimentá-lo, visitá-lo, confortá-lo, educá-lo. Por isso, expressei o desejo de que «o povo cristão reflicta, durante o Jubileu, sobre as obras de misericórdia corporal e espiritual. Será uma maneira de acordar a nossa consciência, muitas vezes adormecida perante o drama da pobreza, e de entrar cada vez mais no coração do Evangelho, onde os pobres são os privilegiados da misericórdia divina» (Ibid., 15). Realmente, no pobre, a carne de Cristo «torna-se de novo visível como corpo martirizado, chagado, flagelado, desnutrido, em fuga... a fim de ser reconhecido, tocado e assistido cuidadosamente por nós» (Ibid., 15). É o mistério inaudito e escandaloso do prolongamento na história do sofrimento do Cordeiro Inocente, sarça ardente de amor gratuito na presença da qual podemos apenas, como Moisés, tirar as sandálias (cf. Ex 3, 5); e mais ainda, quando o pobre é o irmão ou a irmã em Cristo que sofre por causa da sua fé.

Diante deste amor forte como a morte (cf. Ct 8, 6), fica patente como o pobre mais miserável seja aquele que não aceita reconhecer-se como tal. Pensa que é rico, mas na realidade é o mais pobre dos pobres. E isto porque é escravo do pecado, que o leva a utilizar riqueza e poder, não para servir a Deus e aos outros, mas para sufocar em si mesmo a consciência profunda de ser, ele também, nada mais que um pobre mendigo. E quanto maior for o poder e a riqueza à sua disposição, tanto maior pode tornar-se esta cegueira mentirosa. Chega ao ponto de não querer ver sequer o pobre Lázaro que mendiga à porta da sua casa (cf. Lc 16, 20-21), sendo este figura de Cristo que, nos pobres, mendiga a nossa conversão. Lázaro é a possibilidade de conversão que Deus nos oferece e talvez não vejamos. E esta cegueira está acompanhada por um soberbo delírio de omnipotência, no qual ressoa sinistramente aquele demoníaco «sereis como Deus» (Gn 3, 5) que é a raiz de qualquer pecado. Tal delírio pode assumir também formas sociais e políticas, como mostraram os totalitarismos do século XX e mostram hoje as ideologias do pensamento único e da tecnociência que pretendem tornar Deus irrelevante e reduzir o homem a massa possível de instrumentalizar. E podem actualmente mostrá-lo também as estruturas de pecado ligadas a um modelo de falso desenvolvimento fundado na idolatria do dinheiro, que torna indiferentes ao destino dos pobres as pessoas e as sociedades mais ricas, que lhes fecham as portas recusando-se até mesmo a vê-los.

Portanto a Quaresma deste Ano Jubilar é um tempo favorável para todos poderem, finalmente, sair da própria alienação existencial, graças à escuta da Palavra e às obras de misericórdia. Se, por meio das obras corporais, tocamos a carne de Cristo nos irmãos e irmãs necessitados de ser nutridos, vestidos, alojados, visitados, as obras espirituais tocam mais directamente o nosso ser de pecadores: aconselhar, ensinar, perdoar, admoestar, rezar. Por isso, as obras corporais e as espirituais nunca devem ser separadas. Com efeito, é precisamente tocando, no miserável, a carne de Jesus crucificado que o pecador pode receber, em dom, a consciência de ser ele próprio um pobre mendigo. Por esta estrada, também os «soberbos», os «poderosos» e os «ricos», de que fala o Magnificat, têm a possibilidade de aperceber-se que são, imerecidamente, amados pelo Crucificado, morto e ressuscitado também por eles. Somente neste amor temos a resposta àquela sede de felicidade e amor infinitos que o homem se ilude de poder colmar mediante os ídolos do saber, do poder e do possuir. Mas permanece sempre o perigo de que os soberbos, os ricos e os poderosos – por causa de um fechamento cada vez mais hermético a Cristo, que, no pobre, continua a bater à porta do seu coração – acabem por se condenar precipitando-se eles mesmos naquele abismo eterno de solidão que é o inferno. Por isso, eis que ressoam de novo para eles, como para todos nós, as palavras veementes de Abraão: «Têm Moisés e o Profetas; que os oiçam!» (Lc 16, 29). Esta escuta activa preparar-nos-á da melhor maneira para festejar a vitória definitiva sobre o pecado e a morte conquistada pelo Esposo já ressuscitado, que deseja purificar a sua prometida Esposa, na expectativa da sua vinda.

Não percamos este tempo de Quaresma favorável à conversão! Pedimo-lo pela intercessão materna da Virgem Maria, a primeira que, diante da grandeza da misericórdia divina que Lhe foi concedida gratuitamente, reconheceu a sua pequenez (cf. Lc 1, 48), confessando-Se a humilde serva do Senhor (cf. Lc 1, 38).

Vaticano, 4 de Outubro de 2015
Festa de S. Francisco de Assis

Francisco

domingo, 17 de janeiro de 2016

A humildade conserva a graça de Deus em nós.
A humildade é o único vasilhame que podemos ter dentro de nós para conservar, guardar e fazer a graça acontecer


“Ninguém põe vinho novo em odres velhos; porque o vinho novo arrebenta os odres velhos e o vinho e os odres se perdem. Por isso, vinho novo em odres novos” (Marcos 2,22).

Os discípulos de João Batista e os fariseus jejuavam com muita frequência, mas estavam incomodados, porque os discípulos de Jesus pareciam não jejuar. Sabe aquelas pessoas que ficam incomodadas demais, porque fazem isso e aquilo, e quando outras pessoas fazem tais coisas sentem-se melhores que elas, mais santificadas e agraciadas?

Se você tem a graça de ter uma vida espiritual ou teve a graça de crescer na intimidade com Deus, não se sinta maior, melhor nem mais importante do que ninguém, porque tudo o que você progrediu ou evoluiu cai por terra quando o orgulho e a soberba tomam conta do seu coração, ou quando você quer levar vantagem ou sentir-se melhor, agraciado, mais do que os outros por aquilo que você faz.

O bom odre que conserva a graça de Deus em nós se chama “humildade”, é o único vasilhame que podemos ter dentro de nós para conservar, guardar e fazer a graça acontecer! Quando começamos a comentar, a reparar a vida dos outros, quando começamos a nos sentir melhores por aquilo que fazemos, quando começamos a julgar os outros, condená-los e, sobretudo, fazer parte do antro de fofoqueiros, como os fariseus faziam para condenar, julgar e ver a vida dos outros, tudo que temos de graça se perde, nada se conserva.

O orgulho é um veneno terrível, o pior dos venenos! E não precisamos ter dúvida nenhuma: é o pior dos pecados e a maior das desgraças, porque nos mantêm cegos, não nos permite crescer; permite-nos ver o mundo de forma tão pequena, que nada em nós se renova.

O mal dos fariseus foi não terem enxergado a graça, porque estavam se afogando em tanto conhecimento que tinham das coisas de Deus, que se sentiram melhores e mais importantes que os outros, por isso não se renovaram, não viram a graça nova chegar e não foram capazes de acolher a novidade do Reino de Deus, que é nova a cada dia.

Não feche o seu coração, não permita que a soberba cegue os seus olhos, não permita que o orgulho faça se sentir melhor que o outro.

A graça de Deus se conserva no coração humilde, e a humildade guarda para sempre a graça que recebemos do Senhor!

Deus abençoe você!

Ministério Música Arcanjo Miguel: Orações

Ministério Música Arcanjo Miguel: Orações: Oração do Músico Cristão Senhor Jesus Cristo, Somos notas diferentes na mesma pauta do Reino de Deus. Nós te louvamos por este tempo de p...

Reflexão do Evangelho de Hoje Jo 2,1-11

Façamos o que Jesus nos fala

Nossas famílias estão precisando resgatar a graça de fazer tudo aquilo que Jesus lhes fala.

“Sua mãe disse aos que estavam servindo: ‘Fazei o que ele vos disser’” (João 2, 5).


No Evangelho de hoje, estamos contemplando e admirando o início do ministério e da vida pública de Jesus. A primeira coisa: Jesus inicia Sua vida e Seu ministério em meio a uma festa de casamento, uma celebração de bodas. A graça de Deus começa a agir no meio da família.

A nova criação de Deus começou com a família de Nazaré, por isso, em cada casamento que se inicia, a graça do Senhor ali começa a agir também.

No início do ministério de Jesus, Sua Mãe se faz presente, como se fez presente no início de Sua vida. Jesus veio ao mundo, porque foi concebido no ventre de Maria; e para agir no mundo, fez-se presente também no milagre final e definitivo da cruz, quando nos deu Maria como nossa Mãe.

Maria, presente no primeiro milagre público de Jesus, é aquela que adianta a hora de Deus, é aquela que sabe a hora em que passamos necessidades, as aflições e os apertos, que precisamos de uma intervenção divina.

Mesmo que a hora de Deus não tenha chegado em nossa vida, não tenhamos receio, medo de suplicar, de socorrer e pedir, porque a Mãe foi a primeira a interceder [nas bodas de Caná] quando o vinho havia acabado.

Muitas vezes, o melhor vinho, aquele que traz alegria e bênção, que acaba nos casamentos e nas famílias, é o vinho do diálogo, que faz com que a família seja lugar de bênção e alegria. Se está faltando esse vinho em casa, no casamento, na família, não tenhamos medo de socorrê-los. Por mais que pareça que não é a hora, sempre é hora de recorrermos à Mãe! Ela só tem um conselho a nos dar: “Façam tudo o que Ele vos disser!”. Se ouvirmos esse conselho de Maria, podemos ter a certeza de que o vinho que faltava vai se multiplicar em nossa casa.

O que nossas famílias estão precisando resgatar é, justamente, a graça de fazer tudo aquilo que Jesus nos fala. É hora de recapitularmos a Palavra de Deus, é hora de lermos com mais atenção, em nossa casa e na família, os mandamentos, os preceitos e as leis divinas.

O que vai secando o pote, fazendo minar a graça é a nossa falta de atenção para com Deus e Sua Palavra. Chame os seus para que a hora da graça aconteça, para que o milagre da multiplicação do vinho seja abundante em sua casa.

Seja qual for a necessidade pela qual estamos passando, seja material, espiritual ou de qual ordem for, a graça de Deus vem em nosso auxílio, só precisamos fazer o que Jesus nos fala.

Deus abençoe você!

sábado, 16 de janeiro de 2016

Reflexão do Evangelho de Mc 2, 13-17

Precisamos ir ao encontro daqueles que estão longe de Deus.

Vá ao encontro daqueles que estão distante e longe, não tenha medo de sentar-se com pessoas que não são bem vistas e queridas.


“Por que ele come com cobradores de impostos e pecadores?” (Marcos 2,16).

Amados irmãos e irmãs, a Palavra de Deus nos mostra hoje o que é, de fato, um coração misericordioso. Nós, muitas vezes, achamos que misericórdia é apenas Deus perdoar nossos pecados e nós também perdoarmos quem nos ofendeu, quem nos machucou. É verdade, pois essa é, sim, uma faceta da misericórdia. No entanto, ela é muito mais ampla e abrangente. A misericórdia é o coração que se dobra e vai ao encontro das misérias humanas. E estas são tantas! São corações feridos, almas que estão perdidas e extraviadas. Não podemos olhar para o mundo, para as pessoas e condená-las, julgá-las nem tê-las como perdidas e assim por diante. E mesmo que pareçam ou estejam perdidas, nós precisamos ir ao encontro delas!

Os fariseus, os doutores da Lei, conhecedores da Palavra, estavam escandalizados, porque Jesus comeu com os cobradores de impostos e pecadores. Jesus fez questão de estar com eles e no meio deles.

Nós precisamos retirar a hipocrisia do nosso meio, sair do estado de paralisia e hipocrisia em que nos encontramos. Falar e pregar a misericórdia é simples e bonito, mas vivê-la e praticá-la no dia a dia de nossa vida é o desafio maior da nossa fé, porque nós gostamos de estar com as pessoas boas e queridas, com aqueles que já estão convertidos, que são santos e salvos como nós. Mas, na verdade, a missão primeira que Deus nos confiou é reconhecer nossa própria miséria, porque todos somos muito miseráveis, temos nossas hipocrisias escondidas, nossas fraquezas e pecados, não somos melhores que ninguém.

Que bom que a misericórdia de Deus nos alcançou, pois assim podemos alcançar tantos outros! Não tenhamos medo nem receio, desafiemos nossa própria fé e vamos ao encontro daqueles que estão distantes. Não tenhamos medo de nos sentar com pessoas que não são bem vistas e queridas. Somos chamados a sair de nossas igrejas e comunidades, dos encontros que fazemos para estarmos com todos. Temos de admitir, em primeiro lugar, que nós não somos melhores que ninguém. Segundo, a misericórdia de Deus nos alcançou e precisamos alcançar os outros. Terceiro, Jesus está onde a miséria, a pobreza e, sobretudo, o pecado está.

Você pode dizer: “Deus não se mistura ao pecado!”. Ele se mistura aos pecadores para livrá-los dos pecados. Nós precisamos nos fazer um com essas pessoas, amá-las, querer o bem delas, não nos fazermos melhor do que ninguém.

É nosso desafio fazer o que Jesus fez: sentar-se à mesa com cobradores de impostos, com os pecadores dos quais somos os primeiros e fazermos o banquete de Deus acontecer!

Deus abençoe você!

sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

Jesus Cura-nos do Pecado

VIVER SOB O PESO DO PECADO
A insistência sobre o tema do perdão dos pecados chama a atenção, na cena da cura do homem paralítico. Assim que Jesus o vê descer através de um buraco aberto no teto, declara que seus pecados estão perdoados. Esta declaração provoca alguns escribas que estavam por perto. Para eles, a palavra do Mestre soava como uma verdadeira usurpação de algo reservado exclusivamente a Deus.
Portanto, Jesus era um blasfemo! A maneira como ele rebate a maledicência dos escribas é significativa: cura o paralítico para provar que "o Filho do Homem tem, na Terra, o poder de perdoar os pecados". O gesto poderoso de cura parece insignificante diante do poder maior de perdoar os pecados. E Jesus, de certo modo, parece sentir-se mais feliz por perdoar os pecados do que por curar. Por quê? 
O perdão dos pecados tem, também, uma função terapêutica. Trata-se da cura do ser humano na dimensão mais profunda de sua existência, ali onde acontece seu relacionamento com Deus. Sendo esta dimensão invisível aos olhos, as pessoas tendem a se preocupar mais com as dimensões aparentes de sua vida, buscando a cura quando algo não está bem no âmbito corporal. Jesus vê além, preocupando-se por libertar quem pena sob o peso do pecado, mais do que sob o peso da doença. O primeiro é muito mais grave. Permanecer no pecado significa viver afastado de Deus e correr o risco de ser condenado. Este é o motivo por que o Mestre, antes de mais nada, que ver o ser humano liberto de seus pecados.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Jesus a Cura que Precisamos - Mc 1,40

Só Jesus traz a cura de que tanto precisamos

Quando somos curados, somos restaurados para agir, operar e ser atuantes em nome do Senhor

“Um leproso chegou perto de Jesus e, de joelhos, pediu: “Se queres, tens o poder de curar-me” (Mc 1, 40).



Amados irmãos e irmãs, a Palavra de Deus nos ajuda a entrar em realidades maravilhosas na vida de tantas pessoas que se aproximaram de Jesus. E nós também percebemos o quanto é maravilhoso nos aproximarmos d’Ele, porque, quando nos aproximamos do Senhor Jesus, Ele mesmo realiza maravilhas em nossa vida!


O leproso estava numa situação dura, difícil e cruel. Lembro-me de que, na semana passada, meditamos sobre esse leproso, no Evangelho de Lucas, quando ele dizia: “Senhor, se queres, pode limpar-me”. Segundo o Evangelho de Marcos, ele está dizendo: “Senhor, se queres, pode curar-me”.

A cura é a limpeza da alma, a renovação do espírito. Ela é muito mais profunda, é a restauração da pessoa por completo. O Senhor nos quer curados e restaurados; Ele não quer somente nos limpar para que fiquemos livres das impurezas e sujeiras que assimilamos neste mundo. Deus quer muito mais! Ele não quer somente que retiremos a mágoa e o ressentimento que tanto nos machuca, quer curar a fonte do amor que estava entupida.

Não basta deixar de odiar, é preciso amar. Não basta somente deixar de querer o mal para o outro, temos de voltar a fazer o bem para o próximo. Quando somos curados, somos restaurados para agir, operar e ser atuante em nome do Senhor!

Pode ser que muitos pensem: “Estou numa cadeira de rodas, numa cama, e parece que a minha situação não tem mais jeito!”. Deus age em você na situação em que estiver! O que não podemos é morrer com o coração chagado, morrer com o câncer em nossa alma.

Precisamos ser restaurados pelo amor divino que faz nova todas as coisas. Por isso, hoje, aproxime-se de Jesus, da Sua palavra, do Seu amor, do Seu coração e diga: “Senhor, se queres, pode me curar!”. E você sabe onde Jesus pode curá-lo!

Reze: “Eu sei onde Jesus precisa me curar. E como quero ser curado, tocado e restaurado por esse amor divino que faz nova todas coisas! Senhor, eu quero e preciso que restaures a minha mente. Dá-me novamente uma mente sadia, direcionada para Ti, para Tua palavra e Teus ensinamentos. Senhor, restaura, cura meus sentimentos e minha alma. Cura tudo que em mim foi manchado pelo pecado, pelas agressões da vida, a fim de que eu possa, íntegro, servir-Te e louvar-Te, glorificar Teu Santo Nome! Senhor, se queres, podes curar-me!

Deus quer que sejamos curados!

Deus abençoe você!

quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Convite da Paróquia São Miguel Arcanjo

Assembléia Paroquial da Paróquia São Miguel Arcanjo - Abreu e Lima.

Comentário do Avengelho do Dia

Conheçamos a vontade do Senhor para nossa vida - Evangelho (Mc 1,29-39)

Quando nos aplicarmos em conhecer a vontade do Senhor e por onde Sua mão pode nos conduzir, vamos andar por trilhas e estradas mais seguras.

“Senhor, fala que teu servo escuta!” (1Sl 3, 9).

Hoje, vemos a narração maravilhosa da vocação do profeta Samuel. Quando olhamos para ele, aprendemos o modelo de alguém que segue Deus ou procura, em sua vida, ser um servidor de Sua Palavra.

Precisamos aprender, a cada dia, a nos colocarmos à disposição de Deus, a sermos instrumentos d’Ele para que o mundo seja melhor. Deus conta, precisa e quer cada um de nós no Seu serviço, na estrada da vida, construindo um mundo melhor!

Olhando hoje para o chamado de Samuel, quatro coisas vêm ao meu coração para que, todos os dias, possamos discernir a vontade de Deus em nossa vida.

O primeiro ponto é a docilidade de espírito. Quem quer ser de Deus precisa ser dócil, submisso, ter relação e intimidade com o Senhor, procurar escutar Sua voz que fala nos acontecimentos, na vida, nos fatos, na palavra e nas pessoas. Docilidade ao amor que nos chama, e quem ama escuta a voz do amado. A docilidade cresce quando nos colocamos em oração.

Outro ponto essencial é ter vida de oração, ter uma relação com Deus de forma amorosa, respondendo-Lhe com nossas orações. Oração na qual nos submetemos a Deus, colocamo-nos à Sua disposição, quando nós O interrogamos, questionamos e colocamos sobre Ele nossas fraquezas e nossos limites, mas falamos com Ele. Oração é saber escutar e falar com o Senhor de nossa vida!

O terceiro ponto é o discernimento. Veja, Samuel escutou a voz do Senhor, levantou-se, porém não a compreendeu e achou que era Eli quem o estava chamando. Nós, muitas vezes, podemos nos confundir, acharmos que o humano é divino, não entendermos o que o outro está falando, não entendermos que é Deus quem está nos chamando. Então, peçamos a Ele o dom do discernimento para que possamos entender onde, como e de que maneira Deus quer nos usar e falar ao nosso coração.

Quando fazemos o discernimento, colocamo-nos num outro ponto importantíssimo, que é a prontidão, que Samuel tinha de sobra em seu coração: “Fala que teu servo escuta!”. Prontidão para fazer a vontade do Senhor, para servi-Lo, para entender que Ele tem o melhor para nós.

Quando nos aplicarmos em conhecer a vontade do Senhor e por onde Sua mão pode nos conduzir, vamos andar por trilhas e estradas mais seguras. Elas podem até parecer escuras e obscuras, mas onde quer que estejamos, a mão do Senhor estará conosco!

Deus abençoe você!

terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Como Surgiu a CF no Brasil

História da Campanha da Fraternidade no Brasil.

A Campanha da Fraternidade nasceu por iniciativa de Dom Eugênio de Araújo Sales, em Nísia Floresta, Arquidiocese de Natal, RN, como expressão da caridade e da solidariedade em favor da dignidade da pessoa humana, dos filhos e filhas de Deus. Assumida pelas Igrejas Particulares da Igreja no Brasil, a Campanha da Fraternidade tornou-se expressão de comunhão, conversão e partilha. Comunhão na busca de construir uma verdadeira fraternidade; conversão na tentativa de deixar-se transformar pela vida fecundada pelo Evangelho; partilha como visibilização do Reino de Deus que recorda a ação da fé, o esforço do amor, a constância na esperança em Cristo Jesus (Cf. 1Ts 1,3). 

A Campanha da Fraternidade tem hoje os seguintes objetivos permanentes:

01 – Despertar o espírito comunitário e cristão no povo de Deus, comprometendo, em particular, os cristãos na busca do bem comum;

02 – Educar para a vida em fraternidade, a partir da justiça e do amor, exigência central do Evangelho;

03 – Renovar a consciência da responsabilidade de todos pela ação da Igreja na evangelização, na promoção humana, em vista de uma sociedade justa e solidária (todos devem evangelizar e todos devem sustentar a ação evangelizadora e libertadora da Igreja)”.

A coleta da Campanha realizada como um dos gestos concretos de conversão quaresmal tem realizado um bem imenso no cuidado para com os pobres. Ao percorrermos o itinerário da Campanha que nossos irmãos nos prepararam, possamos continuar seguindo Cristo, caminho, verdade e vida (Cf. Jo 14,6).

sábado, 9 de janeiro de 2016

Evangelho do Dia

SÁBADO DA OITAVA DO NATAL
9 de janeiro de 2016 - comentado por Jaime Bomfim - Diácono da Paróquia São Miguel Arcanjo - Abreu e Lima.
Evangelho João 3, 22-30


Carisma é Serviço.

Na comunidade, quando algum “Fofoqueiro de Plantão” vem nos dizer que há um irmão que faz a mesma coisa que nós, só que dizem que ele é muito melhor, a gente fica com o farol baixo e muitos fazem “Beiço” de descontentamento. Tem gente que na comunidade “adora” falar ao Padre que o Diácono prega mais bonito que ele, ou ao Diácono, que um ministro da Palavra é muito melhor que ele, quando está celebrando. Por que não sabemos administrar nossos carismas, essas conversas nos magoam e ficamos tristes, a espera de alguém que venha alisar o nosso ego.
Havia uns discípulos de João Batista que eram desse jeito e gostavam de por lenha na fogueira, foram correndo contar a João Batista que Jesus estava batizando ali por perto daquela região, e que estava com uma freguesia bem maior do que João.
Jesus não estava batizando por ali para mostrar a João Batista que ele era melhor e que aquele território lhe pertencia. Mas batiza porque esse carisma vem do alto, isso é, do Espírito Santo.
João Batista tem o comportamento que um autêntico agente de pastoral deve ter: longe de se aborrecer, se enche de alegria e confirma que Jesus é o Messias, aquele que ele havia anunciado, e arremata a conversa que deve servir de refrão em nossos trabalhos pastorais, “É preciso que ele cresça e eu desapareça”.
Quando fazemos do nosso carisma um verdadeiro serviço para os outros, e não ao nosso Ego inflamado, esse deve ser o nosso refrão e o nosso lema, anunciar Jesus Cristo e atrair as pessoas para Ele ( Jesus Cristo ) e não para nós.

Deus nos abençoe

sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

Papa ensina como praticar o dom do discernimento dos espíritos

Postado por Ministério Música Arcanjo Miguel
08 de Janeiro de 2016

Com base na Carta de São João, o Papa falou sobre a chave para o conhecimento do que se passa na própria alma. “O critério é a Encarnação. Eu posso sentir tantas coisas dentro de mim, até mesmo coisas boas, boas ideias. Mas se essas boas ideias, esses sentimentos não me levam a Deus que se fez carne, não me levam ao próximo, ao irmão, não são de Deus”, disse o pontífice.

As obras de misericórdia são o coração da nossa fé em Deus. Foi o que afirmou o Papa Francisco na missa da manhã desta quinta-feira (07) na Casa Santa Marta, a primeira após a pausa de Natal. Refletindo sobre a primeira leitura, tirada da Primeira Carta de São João Apóstolo, o Papa adverte que devemos nos proteger da mundanidade e daqueles espíritos que nos distanciam de Deus que se fez carne por nós.

“Permanecer em Deus”

O Papa Francisco desenvolveu a sua homilia, movendo-se a partir desta afirmação de São João Apóstolo na primeira leitura.

“Permanecer em Deus – retomou – é um pouco o respiro da vida cristã, e o estilo”. Um cristão, disse ainda, “é aquele que permanece em Deus”, que “tem o Espírito Santo e se deixa guiar por Ele”. Ao mesmo tempo, lembrou Francisco, o Apóstolo adverte sobre professar a “fé a todo espírito”. Devemos, portanto, colocar à “prova os espíritos, testar se eles são realmente de Deus. E essa é a regra cotidiana de vida que nos ensina que João”.

Mas o que isso significa “testar os espíritos”. Não se trata de “fantasmas”, fez questão de frisar o Papa: trata-se de “provar”, ver “o que acontece em meu coração”, qual é a raiz “do que eu estou sentindo agora, de onde vem? Isso é testar para provar”: se o que eu sinto vem de Deus” ou vem do outro, “do anticristo”.

Discernir bem o que está acontecendo em nossa alma

A mundanidade, continuou, é precisamente “o espírito que nos afasta do Espírito de Deus que nos faz permanecer no Senhor”. Qual é então o critério para fazer um bom discernimento do que está acontecendo em minha alma”?, se pergunta o Papa. O Apóstolo João dá apenas um: “todo espírito que reconhece Jesus Cristo feito carne é de Deus; e todo espírito que não reconhece Jesus não é de Deus”:

“O critério é a Encarnação. Eu posso sentir tantas coisas dentro de mim, até mesmo coisas boas, boas ideias. Mas se essas boas ideias, esses sentimentos não me levam a Deus que se fez carne, não me levam ao próximo, ao irmão, não são de Deus. Por esta razão, João começa esta passagem de sua carta dizendo: ‘Este é o mandamento de Deus: que creiamos no nome de seu Filho Jesus Cristo e nos amemos uns aos outros’”.

As obras de misericórdia são o coração da nossa fé

Podemos fazer “muitos planos pastorais”, acrescentou, imaginar novos “métodos para chegar mais perto das pessoas”, mas “se não fizermos o caminho de Deus encarnado, do Filho de Deus que se fez homem para caminhar conosco, nós não estaremos na estrada do bom espírito: é o anticristo, é a mundanidade, é o espírito do mundo”:

“Quanta gente encontramos, na vida, que parece espiritual: ‘Mas que pessoa espiritual!’, pensamos. Mas nem se fala de obras de misericórdia. Por que? Porque as obras de misericórdia são exatamente o concreto de nossa confissão que o Filho de Deus se fez carne: visitar os doentes, dar comida a quem não tem alimento, cuidar dos ‘descartados’… Obras de misericórdia… por que? Porque cada nosso irmão, que devemos amar, é carne de Cristo. Deus se fez carne para se identificar conosco. E aquele que sofre… é Cristo que sofre”.

Se o espírito vem de Deus me conduz ao serviço aos outros

“Não professem fé a todo espírito, sejam atentos! – reiterou o Papa – ponham à prova os espíritos para testar se realmente provêm de Deus”. E sublinhou que “o serviço ao próximo, ao irmão e à irmã que precisam”, “precisa também de um conselho, que precisa de meus ouvidos para ser escutado”. Estes são “os sinais de que vamos no caminho do bom espírito, ou seja, no caminho do Verbo de Deus que se fez carne”.

“Peçamos ao Senhor, hoje, a graça de conhecer bem o que acontece em nosso coração, aquilo de que gostamos de fazer, o que nos toca mais: se é o espírito de Deus, que me conduz ao serviço aos outros, ou o espírito do mundo, que gira ao meu redor, dos meus fechamentos, dos meus egoísmos e de tantas outras coisas… Peçamos a graça de conhecer o que acontece em meu coração”.

Fonte: Rádio Vaticano
A Cura das Mágoas e Ressentimentos
Hamilton Apolônio - Comunidade Boa Nova


Orar,Persistir e Agir em Deus
Hamilton Apolônio - Comunidade Boa Nova

terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Combate ao mosquito da dengue, missão e compromisso de todos.

Vencer o mosquito da dengue depende de nós. Tamos juntos.

Corpo de Padre Pio exposto em Roma e Pietrelcina

Corpo de Padre Pio será exposto em Roma e Pietrelcina em fevereiro
Postado em 05 de janeiro 2016 - Ministério Música Arcanjo Miguel

Corpo de Padre Pio estará em Roma de 3 a 11 de fevereiro. Em seguida, será levado a Pietrelcina, cidade que o santo deixou há 100 anos e para onde não mais regressou.
Já está definida a programação do translado do corpo de São Padre Pio de Pietrelcina até Roma. Segundo nota do departamento de Rádio e TV Padre Pio, a urna contendo os restos mortais do santo deixará San Giovanni Rotondo no dia 3 de fevereiro.

Antes disso, no dia anterior, será celebrada uma missa na igreja-santuário dedicada a São Padre Pio. A celebração ocorrerá às 18h e será celebrada pelo Arcebispo de Manfredonia–Vieste–San Giovanni Rotondo, Dom Michele Castoro, e contará com a presença de todos os religiosos da Arquidiocese.

Basílica de São Lourenço Fora dos Muros

O corpo de São Padre Pio deve chegar no início da tarde do dia 3 de fevereiro na Basílica de São Lourenço Fora dos Muros, em Roma, e ficará aos cuidados dos frades menores capuchinhos. Para o local, também serão levadas as relíquias do corpo de São Leopoldo Mandic. Ambas relíquias permanecerãona basílica durante todo o dia 4.

Já na tarde do dia 5 de fevereiro, será realizada uma procissão da Igreja de São Salvador em Lauro até a Basílica de São Pedro. No dia 6 de fevereiro, a partir das 10h, está prevista uma audiência especial com o Papa Francisco na Praça São Pedro. Além disso, o Papa também celebrará uma missa no dia 9 pelos frades menores capuchinhos de todo o mundo

Quarta-feira de Cinzas

No dia 10, juntamente com as celebrações da Quarta-feira de Cinzas, o Papa conferirá a cerca de 1 mil Missionários da Misericórdia (sacerdotes e religiosos do mundo inteiro) a responsabilidade de serem “um sinal da solicitude materna da Igreja pelo povo de Deus, para que entre em profundidade na riqueza deste mistério tão fundamental para a fé” (Misericordiae Vultus, 18 – Bula Rosto da Misericórdia).

Na manhã do dia 11 de fevereiro, após missa presidida pelo Presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização, o Arcebispo Dom Rino Fisichella, o corpo de São Padre Pio será levado a Pietrelcina, cidade que Padre Pio deixou há 100 anos e não mais regressou.

A relíquia está prevista para chegar por volta das 15h à Piana Romana (região rural onde a família de Padre Pio possuía uma fazenda e local em que ele recebeu as primeiras estigmas). Após o acolhimento litúrgico, o corpo será levado à igreja do convento da Sagrada Família, permanecendo exposto entre os dias 12 e 13 de fevereiro.

Dando continuidade ao retorno do corpo de volta a San Giovanni Rotondo, uma missa será realizada no dia 14 de fevereiro, às 9h, pelo arcebispo de Benevento, Dom Andrea Mugione. Nesse mesmo dia, a relíquia de São Padre Pio será levada ao Convento dos Frades Menores Capuchinhos de Santa Ana em Foggia, percorrendo o caminho feito pelo santo há aproximadamente 100 anos.

O retorno

A partir das 15h30, haverá um encontro com peregrinos que partirão em direção à cidade de San Giovanni Rotondo. O corpo está previsto para chegar à Praça Padre Pio por volta das 17h. No local, será celebrada um missa por Dom Michele Castoro.

Também está prevista uma procissão até o Palácio Municipal, onde o arcebispo concederá uma bênção para toda a cidade de San Giovanni Rotondo. De lá, o cortejo partirá até o hospital fundado por Padre Pio, a Casa Alívio do Sofrimento. A relíquia deve permanecer no local até as 16h do dia 16 de fevereiro, quando será levada de volta à igreja-santuário de São Padre Pio.

Para encerrar a programação, o frei Francesco Dileo rezará uma missa no santuário. De acordo com a nota, os detalhes de toda a programação ainda estão sendo definidos pelas autoridades eclesiásticas responsáveis pelo translado do corpo de Padre Pio.

Fonte: Rádio Vaticano

Papa faz visita supresa o lugar em que São Francisco instituiu – na noite de Natal de 1223 – o Presépio.


Papa faz visita surpresa a Greccio, onde São Francisco instituiu o presépio

Postado em 05 de Janeiro 2016 - Ministério Música Arcanjo Miguel
Na tarde desta segunda-feira o Papa Francisco fez uma visita surpresa a Greccio, localizada na região italiana do Lácio (província de Rieti), para visitar o lugar em que São Francisco instituiu – na noite de Natal de 1223 – o Presépio. Ali se deteve por alguns minutos em “oração pessoal”.

De fato, tratou-se de uma visita surpresa, comunicada somente ao prior do Santuário de Greccio e ao bispo de Rieti, Dom Domenico Pompilli. Situada a quase 100Km de Roma, o Pontífice fez a breve viagem de automóvel.

O Santo Padre foi acolhido por cerca de 70 jovens que estão participando de um encontro em andamento no Santuário desde sábado, 2 de janeiro. Antes de visitar a capela do Santuário de Greccio, Francisco havia almoçado com o bispo de Rieti, Dom Pompilli. Após a visita privada, o Papa encontrou também a comunidade franciscana local.

Os jovens saudados pelo Papa estão reunidos num encontro promovido pela Diocese de Rieti. Com participantes de toda a Itália, a iniciativa tem como fio condutor a “Laudato si”, Carta encíclica do Papa Francisco sobre o cuidado da casa comum.

Fonte: Rádio Vaticano

Jesus, nosso defensor contra as ações do diabo


Papa: Jesus nos defende do diabo, que está sempre à espreita
Postado em 05 de janeiro - Ministério Música Arcanjo Miguel

A vocação e a alegria de todo batizado é indicar e dar Jesus aos outros, mas para fazer isso devemos conhecê-lo e tê-lo dentro de nós, como Senhor da nossa vida: foi o que disse o Papa Francisco na alocução que precedeu o Angelus deste primeiro domingo do novo ano.

Francisco destacou que a liturgia do segundo domingo depois do Natal nos apresenta o prólogo de São João, ressaltando que o Verbo que se fez carne veio habitar no meio de nós a fim de que escutássemos e pudéssemos conhecer e experimentar o amor do Pai. “O Verbo de Deus é seu próprio Filho Unigênito, feito homem, repleto de amor e de fidelidade”, acrescentou.

A Palavra é luz e, no entanto, os homens preferiram as trevas; a Palavra veio entre os seus, mas eles não acolheram, observou o Santo Padre referindo-se ao Evangelho dominical. “Fecharam a porta diante do Filho de Deus”, acrescentou.

“É o mistério do mal que insidia também a nossa vida e que requer de nossa parte vigilância e atenção para que não prevaleça. O Livro do Gênesis diz uma bela frase que nos ajuda a entender isso: diz que o mal está à espreita diante da nossa porta (cfr. 4,7). Ai de nós se o deixamos entrar; seria então ele a fechar a nossa porta a qualquer outro. Ao invés, somos chamados a escancarar a porta do nosso coração à Palavra de Deus, a Jesus, para tornar-nos assim seus filhos.”

Em seguida, o Papa frisou que com a liturgia do segundo domingo depois do Natal a Igreja nos convida mais uma vez a acolher essa Palavra de salvação, esse mistério de luz. “Se o acolhemos, se acolhermos Jesus – acrescentou –, cresceremos no conhecimento e no amor do Senhor, aprenderemos a ser misericordiosos como Ele.
“Especialmente neste Ano Santo da Misericórdia, façamos de modo que o Evangelho se torne sempre mais carne também em nossa vida. Tomar o Evangelho, meditá-lo, encarná-lo em nossa vida cotidiana é o melhor modo para conhecer Jesus e levá-lo aos outros.”

“Jesus nos defende do mal, do diabo, que sempre está à espreita diante da nossa porta, diante do nosso coração, e quer entrar”, reiterou Francisco.

Após a oração mariana, o Santo Padre quis renovar a todos seus votos de paz e bem no Senhor. “Nos momentos alegres e nos momentos tristes, confiemo-nos a Ele, que é a nossa misericórdia e nossa esperança!” – foi a exortação do Papa.

Antes de concluir, o Pontífice recordou o compromisso assumido no Ano Novo, Dia Mundial da Paz: “Vence a indiferença e conquista a paz”; com a graça de Deus, poderemos colocá-lo em prática, acrescentou.

O Papa Francisco concluiu recordando um conselho por ele dado reiteradas vezes:

“Todos os dias ler um trecho do Evangelho, uma passagem do Evangelho para conhecer melhor Jesus, para escancarar o nosso coração a Ele, e assim poderemos fazer com que os outros o conheçam melhor. Carregar consigo um pequeno Evangelho no bolso, na bolsa, nos fará bem. Não se esqueçam: todos os dias leiamos uma passagem do Evangelho.”

Por fim, a todos desejando um bom domingo, Francisco pediu que não se esquecessem de rezar por ele.

Fonte: Rádio Vaticano

sábado, 2 de janeiro de 2016

Dia Mundial da Paz

Dia Mundial da Paz: Papa alerta para esquecimento de Deus.
Postado em 2 de janeiro de 2016
O Papa denuncia na sua mensagem para o 49.º Dia Mundial da Paz (1 de janeiro de 2016) as consequências do esquecimento de Deus nas relações entre os seres humanos e na natureza.

“A primeira forma de indiferença na sociedade humana é a indiferença para com Deus, da qual deriva também a indiferença para com o próximo e a criação”, escreve, no documento, intitulado ‘Vence a indiferença e conquista a paz’,

Retomando as reflexões da encíclica ‘Laudato si’, Francisco sustenta que “a poluição das águas e do ar, a exploração indiscriminada das florestas, a destruição do meio ambiente são, muitas vezes, resultado da indiferença do homem pelos outros, porque tudo está relacionado”.

“De igual modo, o comportamento do homem com os animais influi sobre as suas relações com os outros, para não falar de quem se permite fazer noutros lugares aquilo que não ousa fazer em sua casa”, acrescenta.

Numa mensagem em que reforça alertas contra o fenómeno da “globalização da indiferença”, o Papa admite que há quem esteja bem informado, mas ainda assim viva “quase numa condição de rendição”, somando-se às pessoas “surdas ao grito de angústia da humanidade sofredora”.

“A nível individual e comunitário, a indiferença para com o próximo – filha da indiferença para com Deus – assume as feições da inércia e da apatia, que alimentam a persistência de situações de injustiça e grave desequilíbrio social”, precisa.

Francisco fala ainda de consequências ao nível institucional da indiferença pelo outro, “de braço dado com uma cultura orientada para o lucro e o hedonismo”, que “favorece e às vezes justifica ações e políticas que acabam por constituir ameaças à paz”.

“Este comportamento de indiferença pode chegar inclusivamente a justificar algumas políticas económicas deploráveis, precursoras de injustiças, divisões e violências, que visam a consecução do bem-estar próprio ou o da nação”, adverte.

O Papa observa que a indiferença pelo ambiente cria “novas pobrezas, novas situações de injustiça”, com consequências “muitas vezes desastrosas em termos de segurança e paz social”.

Em pleno Jubileu da Misericórdia, o Papa sustenta que os católicos são “chamados a fazer do amor, da compaixão, da misericórdia e da solidariedade um verdadeiro programa de vida”.

“A solidariedade constitui a atitude moral e social que melhor dá resposta à tomada de consciência das chagas do nosso tempo e da inegável interdependência que se verifica cada vez mais, especialmente num mundo globalizado, entre a vida do indivíduo e da sua comunidade”, refere.
Evangelho de João 1, 19-28
Comentado por Jaime Bomfim - Diácono da Paróquia São Miguel - Abreu e Lima
02 de janeiro de 2016

" A humildade nos mantêm unidos a Deus, ajuda-nos a reconhecer nossas próprias fraquezas, nossos erros e limites."


O ministério de João Batista foi importante para se conhecer o sentido do ministério de Jesus. Faziam-se a respeito dele muitas perguntas. Sua vida austera deixava transparecer a condição de homem de Deus, totalmente confiado na Providência divina, sem ambições mundanas. Tampouco iludia-se com a fama que seu comportamento podia provocar. Suas palavras cortantes tinham o sabor da pregação dos antigos profetas, a ponto de ser confundido com Elias.


Entretanto, João rebatia com firmeza qualquer tentativa de fazê-lo passar por aquilo que sabia não ser: Messias, profeta ou algo que o valha.

Sua humilde função consistia em “dar testemunho” do Messias vindouro, na qualidade de voz que, no deserto, convoca os pecadores a se prepararem para acolher o enviado de Deus. Portanto, uma tarefa que terminaria tão logo despontasse, na história de Israel, o Messias esperado.

O Batista relativizava sua pessoa e sua missão. Comparando-se ao Messias, tinha consciência de não ser digno nem mesmo de desatar-lhe a correia das sandálias, gesto reservado aos criados. Sua compreensão ia além: o Messias havia-o precedido e lhe tomaria a dianteira.

Desta forma, João Batista deu mostras de estar totalmente sintonizado com a vontade divina. Ele nada mais era do que um modesto servidor de Deus

Deus vos Abençoe. Amém