Um grande mistério. Um grande dom: Deus se faz Dom, presença presente, dádiva de amor, certeza que o Céu baixou a terra e que a terra subiu para o Céu. A promessa feita por Ele que estaria conosco todos os dias até à consumação dos séculos (cf. Mt 28, 20), se cumpriu de uma maneira concreta, efetiva, eloquente, simples, profunda e tão pobre, não menos poderosa e eficaz.
Reza a doutrina católica que após as palavras da consagração, durante o santo sacrifício da Missa, acontece a transubstanciação, ou seja, ocorre uma mudança profunda, essencial: permanecem as aparências de pão (gosto, cheiro, cor), mas na essência é Jesus, o Cristo Senhor, em corpo, sangue, alma e divindade, tão vivo e verdadeiro como está no Céu. E com o vinho acontece o mesmo, sendo que na essência é sangue do Cordeiro de Deus. Trata-se de um tesouro infinito, que somos chamados a assumir algumas atitudes bem profundas e concretas:
1. Bem celebrar e dignamente receber a Eucaristia: no santo sacrifício da missa, Jesus renova o seu sacrifício na cruz e com seus méritos infinitos se oferece ao Pai por nós. Tem grande eficácia, tem grande poder. É preciso resgatar mais e melhor a compreensão ou a tomada de consciência desta infinita graça que Deus nos dá e o bem que Ele nos faz. Tomar consciência sobre quem recebemos na Eucaristia e lançar-se nesta consciência da nossa dignidade: A sequência da solenidade de hoje nos atesta: “Eis o pão que os anjos comem, transformado em pão do homem; só os filhos o consomem; não será lançado aos cães”. Diz a Palavra de Deus: “…o sangue de Cristo purificará a nossa consciência das obras mortas, para servirmos ao Deus vivo” (Hb 9, 14). A maneira de estar na celebração, de ouvir as santas leituras, a compostura de oração, o silêncio, a devoção, o viver este momento com intensidade, unindo-se à “Vítima sem mancha” (Hb 9, 14), com certeza são posturas que nos boas disposições para colher o grande Dom que é o próprio Senhor. E ao receber o Senhor, dispor-se a estar com Ele, agradecer Sua visita, pedir-Lhe graças, ouvi-Lo atentamente, estar a seus pés como Maria e deixar-se amar. Santa Teresa de Jesus ensina: “Não é costume de Sua Majestade pagar mal a pousada quando é bem recebido”. A Eucaristia é, sobretudo, comida e igualmente bebida. Como em cada fragmento de pão e em cada gota de vinho, o Cristo total se faz presente e atuante, então, é preciso ir às fontes eucarísticas, isto é, as palavras do Senhor, na última ceia: “Tomai isto é o meu corpo” (Mc 12, 22) e também lhes disse: “Isto é o meu sangue, o sangue da aliança, que é derramado em favor de muitos” (Mc 12, 24). Se o sangue de bodes e touros e as cinzas de novilhas espalhada sobre os seres impuros, o santifica (ver Êx 24, 8; Hb 9, 13). É um meio de incomparável eficácia para mudar a vida e configurar-se Àquele que recebemos.
2. Adorar com piedade e devoção o Santíssimo Sacramento, no sacrário e exposto para estar sob o olhar dos fieis. Que amigo bondoso, que companheiro incomparável e Presença Santa é Jesus! Adorá-lo em espírito e verdade, como se deve fazer com o Pai (cf. Jo 4, 23) vai ajudando o cristão a tomar consciência de quem é Deus e de quem somos nós. Estes momentos de gratuidade, de liberdade na presença do Todo Poderoso, vão enchendo a alma de graças, de um ânimo novo, a amizade vai se estreitando e aprofundando. A atração pelo pecado vai perdendo força, o amor pelas coisas de Deus, ou seja, a piedade vai se intensificando de modos que a vida orante amadurecerá a união ao ponto de tal união consolidar a transformação do coração. O adorador é alguém que vive de fé, busca a Presença em função dela mesma. O amor deve ser o mais puro e gratuito quanto possível, pois a verdadeira adoração não está em função de sentimentos ou emoções gratificantes e exaltantes. Trata-se de um assumir-se, possuir-se diante do Altíssimo sendo e estando diante d’Ele. O discipulado acontece de forma bem peculiar e efetiva (além de afetiva, claro!) na vida dos adoradores. Creio que graças particulares são derramadas sobre quem se dispõe a viver esta experiência de Céu, deixando-se amar por Aquele que é Amor (cf. 1Jo 4, 8.16). Que escola de santidade para tantos cristãos foi este ficar aos pés do Senhor. Que desperdício e insensibilidade é ter a oportunidade de ter o Santíssimo Sacramento perto de casa ou dentro da própria casa e pouco caso fazer de tão sublime Presença. Claro, é preciso bom senso e responsabilidade, equilíbrio e reta compreensão de todas as coisas. No entanto, a generosidade, medida do amor, saberá articular formas e meios para dar a prioridade que Jesus sacramentado merece e colher sua Presença, não se privando das graças ligadas a este convívio tão saudável,
3. Viver a Eucaristia: O povo, diante da escuta das palavras do Senhor e de todos os seus decretos respondeu em coro: “Faremos tudo o que o Senhor nos disse” (Ex 24, 3). Eis o viver a Eucaristia: configurar-se a Cristo, unir-se a Ele, buscando sua vontade. De fato, não tem como aderir a ao que Deus É sem viver o que Deus Quer. Vontade de Deus e o próprio Deus estão intimamente conectados. Não escolher o plano de Deus significa rejeitar Quem tem estes planos. Não adiante fugir desta verdade, tentar enfeitar tantas justificativas ou pretextos para explicar o inexplicável. Fatores humanos podem até atenuar as responsabilidades das pessoas no que diz respeito a fortes e patológicas situações condicionantes. Mas, o princípio permanece e ninguém se pode permitir fugir disso! Receber a Eucaristia é entrar em comunhão, é ser um com Quem vem ao nosso encontro. União de vidas significa união de vontades. Portanto, tal sacramento santíssimo gerará frutos para os que estão mortos para si, como diz o apóstolo: “Porque já estais mortos, e a vossa vida está escondida com Cristo em Deus” (Cl 3,3). Poder-se-ia perguntar: por que será que tanta gente recebe a comunhão assume seu cristianismo de forma medíocre e até mesmo vive em pecados graves de forma acomodada e tranquila? Por que será que outros, ao invés, progridem e perseveram na virtude, avançando cada vez mais na união transformante? Aqui tocamos o mistério da pessoa, de seu livre arbítrio e de tanta coisa que só Deus conhece plenamente. Parece que, a parábola da semente (cf. Mt 13, 1-30) que é semeada nos ajuda a mais ou menos intuir o que acontece. A semente é sempre boa, ou seja é a Eucaristia, a Palavra feita Pão e vinho, é o próprio Senhor e, por excelência, a semente excelente! Mas os terrenos são bem diversificados. A meu ver, ter a coragem de trabalhar o terreno, na fadiga da conversão, na renúncia de si, escolhendo não o mais fácil e mais gratificante, mas o melhor e o mais perfeito, tal atitude vai criando condições para se acolher a boa semente, de modo que ela se transforme em uma planta que frutifica. Afervorar-se, converter-se continuamente, corrigir os próprios erros e defeitos, debelar corajosamente o pecado e fugir das ocasiões com firme decisão e sem hesitação, deixar-se corrigir pelos outros, fazer exame de consciência diário, ocupar-se sempre das próprias obrigações, com disciplina e ordem. Atentar ao que diz o apóstolo (1Ts 5, 15, 22):
15 Vede que ninguém dê a outrem mal por mal, mas segui sempre o bem, tanto uns para com os outros, como para com todos.16 Regozijai-vos sempre.17 Orai sem cessar.18 Em tudo dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco.19 Não extingais o Espírito.20 Não desprezeis as profecias.21 Examinai tudo. Retende o bem.22 Abstende-vos de toda a aparência do mal.
Os santos que amaram a Eucaristia e dela se nutriram, são as principais testemuhas do poder que tão sublime sacramento possui do tanto que é capaz de realizar na vida dos que acreditam. Por isso, só nos resta desejar e orar, e, com certeza, agir concretamente, a fim de existir uma vida eucaristia tomando posse dos votos feitos por Paulo, no final de sua carta aos Tessalonicenses: (1Ts 5, 23-24)
:23 “E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e corpo, sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo.24 Fiel é o que vos chama, o qual também o fará”
Deus abençoe a todos.
Ministério de Música Arcanjo Miguel
Um grande mistério. Um grande dom: Deus se faz Dom, presença presente, dádiva de amor, certeza que o Céu baixou a terra e que a terra subiu para o Céu. A promessa feita por Ele que estaria conosco todos os dias até à consumação dos séculos (cf. Mt 28, 20), se cumpriu de uma maneira concreta, efetiva, eloquente, simples, profunda e tão pobre, não menos poderosa e eficaz.
Reza a doutrina católica que após as palavras da consagração, durante o santo sacrifício da Missa, acontece a transubstanciação, ou seja, ocorre uma mudança profunda, essencial: permanecem as aparências de pão (gosto, cheiro, cor), mas na essência é Jesus, o Cristo Senhor, em corpo, sangue, alma e divindade, tão vivo e verdadeiro como está no Céu. E com o vinho acontece o mesmo, sendo que na essência é sangue do Cordeiro de Deus. Trata-se de um tesouro infinito, que somos chamados a assumir algumas atitudes bem profundas e concretas:
1. Bem celebrar e dignamente receber a Eucaristia: no santo sacrifício da missa, Jesus renova o seu sacrifício na cruz e com seus méritos infinitos se oferece ao Pai por nós. Tem grande eficácia, tem grande poder. É preciso resgatar mais e melhor a compreensão ou a tomada de consciência desta infinita graça que Deus nos dá e o bem que Ele nos faz. Tomar consciência sobre quem recebemos na Eucaristia e lançar-se nesta consciência da nossa dignidade: A sequência da solenidade de hoje nos atesta: “Eis o pão que os anjos comem, transformado em pão do homem; só os filhos o consomem; não será lançado aos cães”. Diz a Palavra de Deus: “…o sangue de Cristo purificará a nossa consciência das obras mortas, para servirmos ao Deus vivo” (Hb 9, 14). A maneira de estar na celebração, de ouvir as santas leituras, a compostura de oração, o silêncio, a devoção, o viver este momento com intensidade, unindo-se à “Vítima sem mancha” (Hb 9, 14), com certeza são posturas que nos boas disposições para colher o grande Dom que é o próprio Senhor. E ao receber o Senhor, dispor-se a estar com Ele, agradecer Sua visita, pedir-Lhe graças, ouvi-Lo atentamente, estar a seus pés como Maria e deixar-se amar. Santa Teresa de Jesus ensina: “Não é costume de Sua Majestade pagar mal a pousada quando é bem recebido”. A Eucaristia é, sobretudo, comida e igualmente bebida. Como em cada fragmento de pão e em cada gota de vinho, o Cristo total se faz presente e atuante, então, é preciso ir às fontes eucarísticas, isto é, as palavras do Senhor, na última ceia: “Tomai isto é o meu corpo” (Mc 12, 22) e também lhes disse: “Isto é o meu sangue, o sangue da aliança, que é derramado em favor de muitos” (Mc 12, 24). Se o sangue de bodes e touros e as cinzas de novilhas espalhada sobre os seres impuros, o santifica (ver Êx 24, 8; Hb 9, 13). É um meio de incomparável eficácia para mudar a vida e configurar-se Àquele que recebemos.
2. Adorar com piedade e devoção o Santíssimo Sacramento, no sacrário e exposto para estar sob o olhar dos fieis. Que amigo bondoso, que companheiro incomparável e Presença Santa é Jesus! Adorá-lo em espírito e verdade, como se deve fazer com o Pai (cf. Jo 4, 23) vai ajudando o cristão a tomar consciência de quem é Deus e de quem somos nós. Estes momentos de gratuidade, de liberdade na presença do Todo Poderoso, vão enchendo a alma de graças, de um ânimo novo, a amizade vai se estreitando e aprofundando. A atração pelo pecado vai perdendo força, o amor pelas coisas de Deus, ou seja, a piedade vai se intensificando de modos que a vida orante amadurecerá a união ao ponto de tal união consolidar a transformação do coração. O adorador é alguém que vive de fé, busca a Presença em função dela mesma. O amor deve ser o mais puro e gratuito quanto possível, pois a verdadeira adoração não está em função de sentimentos ou emoções gratificantes e exaltantes. Trata-se de um assumir-se, possuir-se diante do Altíssimo sendo e estando diante d’Ele. O discipulado acontece de forma bem peculiar e efetiva (além de afetiva, claro!) na vida dos adoradores. Creio que graças particulares são derramadas sobre quem se dispõe a viver esta experiência de Céu, deixando-se amar por Aquele que é Amor (cf. 1Jo 4, 8.16). Que escola de santidade para tantos cristãos foi este ficar aos pés do Senhor. Que desperdício e insensibilidade é ter a oportunidade de ter o Santíssimo Sacramento perto de casa ou dentro da própria casa e pouco caso fazer de tão sublime Presença. Claro, é preciso bom senso e responsabilidade, equilíbrio e reta compreensão de todas as coisas. No entanto, a generosidade, medida do amor, saberá articular formas e meios para dar a prioridade que Jesus sacramentado merece e colher sua Presença, não se privando das graças ligadas a este convívio tão saudável,
3. Viver a Eucaristia: O povo, diante da escuta das palavras do Senhor e de todos os seus decretos respondeu em coro: “Faremos tudo o que o Senhor nos disse” (Ex 24, 3). Eis o viver a Eucaristia: configurar-se a Cristo, unir-se a Ele, buscando sua vontade. De fato, não tem como aderir a ao que Deus É sem viver o que Deus Quer. Vontade de Deus e o próprio Deus estão intimamente conectados. Não escolher o plano de Deus significa rejeitar Quem tem estes planos. Não adiante fugir desta verdade, tentar enfeitar tantas justificativas ou pretextos para explicar o inexplicável. Fatores humanos podem até atenuar as responsabilidades das pessoas no que diz respeito a fortes e patológicas situações condicionantes. Mas, o princípio permanece e ninguém se pode permitir fugir disso! Receber a Eucaristia é entrar em comunhão, é ser um com Quem vem ao nosso encontro. União de vidas significa união de vontades. Portanto, tal sacramento santíssimo gerará frutos para os que estão mortos para si, como diz o apóstolo: “Porque já estais mortos, e a vossa vida está escondida com Cristo em Deus” (Cl 3,3). Poder-se-ia perguntar: por que será que tanta gente recebe a comunhão assume seu cristianismo de forma medíocre e até mesmo vive em pecados graves de forma acomodada e tranquila? Por que será que outros, ao invés, progridem e perseveram na virtude, avançando cada vez mais na união transformante? Aqui tocamos o mistério da pessoa, de seu livre arbítrio e de tanta coisa que só Deus conhece plenamente. Parece que, a parábola da semente (cf. Mt 13, 1-30) que é semeada nos ajuda a mais ou menos intuir o que acontece. A semente é sempre boa, ou seja é a Eucaristia, a Palavra feita Pão e vinho, é o próprio Senhor e, por excelência, a semente excelente! Mas os terrenos são bem diversificados. A meu ver, ter a coragem de trabalhar o terreno, na fadiga da conversão, na renúncia de si, escolhendo não o mais fácil e mais gratificante, mas o melhor e o mais perfeito, tal atitude vai criando condições para se acolher a boa semente, de modo que ela se transforme em uma planta que frutifica. Afervorar-se, converter-se continuamente, corrigir os próprios erros e defeitos, debelar corajosamente o pecado e fugir das ocasiões com firme decisão e sem hesitação, deixar-se corrigir pelos outros, fazer exame de consciência diário, ocupar-se sempre das próprias obrigações, com disciplina e ordem. Atentar ao que diz o apóstolo (1Ts 5, 15, 22):
15 Vede que ninguém dê a outrem mal por mal, mas segui sempre o bem, tanto uns para com os outros, como para com todos.16 Regozijai-vos sempre.17 Orai sem cessar.18 Em tudo dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco.19 Não extingais o Espírito.20 Não desprezeis as profecias.21 Examinai tudo. Retende o bem.22 Abstende-vos de toda a aparência do mal.
Os santos que amaram a Eucaristia e dela se nutriram, são as principais testemuhas do poder que tão sublime sacramento possui do tanto que é capaz de realizar na vida dos que acreditam. Por isso, só nos resta desejar e orar, e, com certeza, agir concretamente, a fim de existir uma vida eucaristia tomando posse dos votos feitos por Paulo, no final de sua carta aos Tessalonicenses: (1Ts 5, 23-24)
Deus abençoe a todos.:23 “E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e corpo, sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo.24 Fiel é o que vos chama, o qual também o fará”
Ministério de Música Arcanjo Miguel
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